moeda sobe a R$ 5,51 com tensão entre Israel e Irã

PUBLICIDADE

Ata do Copom e instabilidade no Oriente Médio impulsionam moeda americana frente ao real

Cédulas de dólar. (Foto: Marcello Casal, Agência Brasil)

O dólar à vista subiu 0,29% nesta terça-feira (24), cotado a R$ 5,5188, puxado pelas incertezas da guerra entre Israel e Irã, além da divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) no Brasil. A alta ocorreu após o anúncio de um cessar-fogo entre os dois países do Oriente Médio, mesmo com relatos de novos ataques e desconfiança sobre o fim do conflito. Já o Ibovespa teve leve avanço de 0,45% e fechou aos 137.165 pontos.

Dólar sobe e Ibovespa avança com cautela após cessar-fogo entre Israel e Irã. A moeda americana subiu 0,29%, cotada a R$ 5,5188, influenciada pelas incertezas do conflito no Oriente Médio e pela ata do Copom. O Ibovespa registrou leve alta de 0,45%, fechando aos 137.165 pontos.A trégua entre Israel e Irã, após 12 dias de ataques, foi recebida com desconfiança pelo mercado. Acusações mútuas de violação do acordo e relatos de novos ataques mantêm a tensão. Internamente, a ata do Copom reforçou a manutenção da Selic em 15% ao ano, com foco no controle da inflação.

A valorização do dólar refletiu a cautela dos investidores diante do cenário externo. O Irã declarou o fim da guerra após 12 dias de ataques mútuos com Israel, mas acusações de violação do acordo por ambos os lados colocaram em dúvida a trégua anunciada. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que intermediou o cessar-fogo com apoio do Catar, afirmou que os dois países descumpriram os termos e cobrou moderação de Israel.

Ainda nesta terça, o Irã prometeu reabrir seu espaço aéreo, fechado desde o início da guerra. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, chamou o fim do conflito de “grande vitória” e culpou Israel pela escalada da violência. Apesar disso, a imprensa local noticiou voos comerciais partindo de Teerã sob autorização especial.

A guerra começou em 13 de junho, quando Israel lançou ataques contra instalações nucleares iranianas. O Irã respondeu com mísseis sobre cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. Segundo números oficiais, mais de 240 pessoas morreram nos dois lados, além de milhares de feridos. Órgãos independentes estimam que o número real seja maior.

A tensão na região afetou os preços do petróleo, mas a reação moderada do Irã reduziu o temor de escalada. Analistas avaliam que o país não pretende bloquear o Estreito de Ormuz, rota por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial. Embora o Parlamento iraniano tenha aprovado a medida, ela ainda depende de aval do Conselho Supremo de Segurança Nacional e do aiatolá Ali Khamenei.

O presidente Trump reforçou seu desejo de manter os preços do petróleo baixos e criticou ações que possam provocar alta. Em rede social, ele escreveu que está “de olho” em quem tenta elevar os custos da commodity.

No cenário doméstico, os investidores analisaram a ata do Copom, divulgada nesta manhã. O documento reforçou a sinalização do Banco Central de que a Selic deve permanecer no patamar atual, de 15% ao ano, para que os efeitos dos juros elevados se espalhem pela economia. O tom foi considerado brando pelo mercado.

A autoridade monetária destacou a melhora da inflação no curto prazo, mas alertou sobre incertezas externas e projeções de alta de preços no médio prazo. Com juros mais altos, o consumo tende a cair, o que reduz a pressão inflacionária.

Nos Estados Unidos, o presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, afirmou que ainda é cedo para medir os efeitos econômicos da guerra e do tarifaço imposto por Trump. Segundo ele, as tarifas devem elevar os preços e afetar a atividade econômica, o que exige cautela antes de novos cortes nos juros norte-americanos.

Até o momento, o dólar acumula queda de 0,11% na semana, 3,48% no mês e 10,69% no ano. Já o Ibovespa sobe 0,04% na semana, 0,10% no mês e 14,03% em 2025.

Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.

CG News

Mais recentes