Uma operação conjunta entre Brasil e Paraguai resultou na destruição de pelo menos 648 toneladas de maconha em apenas sete dias. A 51ª Operação Nova Aliança, considerada a maior investida contra cultivos de drogas no mundo, é liderada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai e conta com o apoio da Polícia Federal brasileira.
A ação se concentra em áreas de mata e morros do departamento de Amambay, no Paraguai, onde estão localizadas cidades como Pedro Juan Caballero e Capitán Bado. Helicópteros auxiliam no trabalho de campo, que envolve a erradicação de plantações de maconha em fase de crescimento e a destruição de acampamentos utilizados para o processamento da droga.
De acordo com o balanço parcial divulgado pela Senad, 208 hectares de cultivos de maconha foram erradicados nas regiões de Cadete Boquerón e Trabuco. Estimando uma produção média de três toneladas por hectare, essa área renderia pelo menos 624 mil quilos de maconha pronta para o consumo.
Além da destruição das plantações, a operação também incinerou 24 toneladas de maconha já processada e desmantelou 69 acampamentos utilizados por traficantes. A paraguaia estima que a droga apreendida, se chegasse ao mercado consumidor brasileiro, geraria aproximadamente 100 milhões de dólares para as organizações criminosas.
Após a primeira fase em Amambay, a operação foi deslocada para a Reserva Natural do Bosque Mbaracayú, no departamento de Canindeyú, próximo à fronteira com os municípios de Paranhos e Sete Quedas. Nesta região, o trabalho de erradicação de plantações de maconha se concentra em áreas de proteção ambiental, frequentemente utilizadas por traficantes para o cultivo da erva.
