Defesa do réu argumentou que o caseiro teria agido em legítima defesa, e que o fato de ter deixado o local do crime não seria indicativo de evadir-se
O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, nesta segunda-feira (30), negou o habeas corpus do caseiro, de 55 anos, acusado de matar o produtor rural Vilson José Tondato, de 65 anos, em abril deste ano em Deodápolis. Após o crime, o homem se escondeu em uma área de mata dentro da propriedade da vítima.
Conforme o relatório ao qual a equipe de reportagem do Jornal Midiamax teve acesso, a defesa do réu argumentou que o caseiro teria agido em legítima defesa, e que o fato do homem ter deixado o local do crime não seria indicativo de evadir-se.
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No entanto, o relator, Jairo Roberto de Quadros, afirmou que quanto ao argumento de legítima defesa: “o habeas corpus não é a via adequada para reexame dos elementos probatórios”. O Tribunal ainda concluiu, após análise das provas, que faltam requisitos configuradores de legítima defesa.
Além disso, o magistrado destacou a gravidade da conduta, além da evasão do local após o crime. “ […] Não há como se descartar a probabilidade de, tal qual na mencionada execução de pena, prejuízos à instrução criminal, e revelar a conveniência da medida prisional”.
Por unanimidade, os desembargadores negaram o pedido de liberdade do caseiro.
‘Era ele ou eu’, disse caseiro para esposa de pecuarista
Villson José Tondato, foi assassinado a tiros na zona rural de Deodápolis. O suspeito, que trabalhava como caseiro na propriedade rural, confessou o crime para a mulher da vítima antes de fugir. Um dos pioneiros do município de Deodápolis, Vilson era proprietário de sítio localizado na 15ª Linha, saída para Angélica.
A esposa da vítima relatou à polícia ter ouvido um estampido bem alto, porém não se importou, pois achava que seu esposo estava estourando bombas, como sempre fazia.
Entretanto, pouco tempo depois, ela foi surpreendida pelo funcionário, que chegou à sede do sítio chorando e pedindo desculpas, pois teve que “fazer aquilo”, porque “era ele ou eu”.
O caseiro disse ainda que iria sair do local, mas que se entregaria à polícia no outro dia. Segundo ela, o caseiro trabalhava para a família e residia numa casa próximo da sede do sítio.
A esposa de Vilson relatou que seu marido e o funcionário tinham discutido no dia anterior e o caseiro deveria ir embora do sítio naquele mesmo dia.
Depois que o funcionário fugiu, a mulher foi até o local e encontrou Vilson morto e o corpo coberto por saco plástico. Junto ao corpo, os policiais encontraram uma espingarda calibre 28 com cartucho deflagrado.
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