Irmãos se reencontram em Campo Grande após 30 anos de espera

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Após três décadas de espera, José Euclides Ferreira, de 68 anos, pôde finalmente reencontrar e abraçar a irmã que havia visto apenas uma vez, quando ela tinha um mês de idade. O reencontro tornou-se um marco na história da família.

Nascido em Mato Grosso do Sul, José viveu no Pantanal antes de se estabelecer em Campo Grande. Ele perdeu dois irmãos ainda jovens, uma menina aos 5 anos e o caçula aos 23.

O pai de José, um homem de muitos relacionamentos, teve outros filhos, incluindo Dorcelina, a irmã mais nova de José. “Eu a conheci quando ela tinha um mês de vida, em Rio Brilhante. A visitei e depois voltei para Campo Grande. O tempo passou”, recorda.

Com o passar dos anos, José se casou e criou família, mas a lembrança da irmã nunca o abandonou. “Eu sabia que ela existia, mas não conseguia resolver isso na época”, confessa. Anos depois, ele buscou respostas, mas o pai hesitava em falar sobre o assunto.

A busca durou anos, com telefonemas e conversas com parentes, até que a esposa do pai conseguiu o contato de Dorcelina através de uma tia. Ao ligar, o filho caçula de Dorcelina atendeu, e mais tarde, José conseguiu falar com a irmã. “Quando disse que éramos irmãos, ela pensou que era um trote. Quando percebeu, começou a chorar e eu também”, relata.

Esse primeiro contato ocorreu 30 anos após o primeiro encontro. Dorcelina morava no norte de Mato Grosso, perto da divisa com Rondônia. Em 1996, ela viajou para Campo Grande para se encontrar com José.

O reencontro aconteceu na rodoviária de Campo Grande. “Eu não sabia como ela era. A foto que eu tinha era dela com uns 14 anos. Antigamente não tinha WhatsApp, era só foto impressa”, explica. O sobrinho ajudou a identificá-los no meio da movimentação.

“Trouxe ela para casa, conversamos bastante. Ela contou da vida no norte, dos filhos. Desde então, mantemos contato. Este ano, ela passou o Ano Novo comigo aqui”, detalha José. Ele descreve a sensação de descobrir uma nova família na vida adulta como “uma surpresa boa, uma felicidade”.

Embora nunca tenha visitado o norte de Mato Grosso, os irmãos mantêm a conexão através de mensagens e videochamadas.

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