O Departamento de Justiça dos Estados Unidos encerrou as investigações sobre o caso Jeffrey Epstein, concluindo que o empresário, acusado de abusar de mais de 250 menores de idade e operar uma rede de exploração sexual, cometeu suicídio. Em comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira, o órgão também descartou a existência de uma suposta “lista de clientes” que Epstein utilizaria para chantagem.
A divulgação dos documentos relacionados ao caso era uma promessa antiga, e em fevereiro, diversos arquivos sobre a investigação foram liberados. As investigações apontam que Epstein, no início dos anos 2000, pagava para que garotas comparecessem em suas propriedades e praticassem atos sexuais. As menores também eram responsáveis por recrutar outras jovens para o mesmo fim.
Inúmeras mulheres acusaram Epstein de forçá-las a prestar serviços sexuais a ele e a seus convidados em uma ilha particular no Caribe e em suas residências em Nova York, Flórida e Novo México.
Epstein foi investigado pela primeira vez em 2005, após denúncias de abusos sexuais contra menores na Flórida. Em 2008, declarou-se culpado de exploração de menores, cumprindo 13 meses de prisão e pagando indenizações. Em julho de 2019, foi preso novamente, acusado de abuso de menores e de operar uma rede de exploração sexual. Foi encontrado morto na prisão em agosto de 2019, e a autópsia confirmou suicídio.
Documentos judiciais divulgados em 2024 revelaram mais de 150 nomes ligados ao caso, incluindo o ex-presidente Bill Clinton e o príncipe Andrew. Testemunhos indicaram que Epstein mencionou que Clinton “gostava de jovens”, mas um porta-voz do ex-presidente negou envolvimento nos crimes. O príncipe Andrew também foi acusado de envolvimento, mas negou as alegações.
Em fevereiro deste ano, novos documentos revelaram registros de voos com o nome de “Donald Trump”. As anotações datam de maio de 1994 e incluem o nome de Marla Maples, ex-esposa do presidente, e da filha Tiffany. Embora Epstein e Trump tenham sido amigos nas décadas de 1990 e 2000, não há evidências de envolvimento do ex-presidente nos crimes.