Em Bandeirantes, a 70 quilômetros de Campo Grande, a eleição suplementar para a prefeitura desafia os candidatos a reconquistar a confiança de um eleitorado marcado pelo descrédito após a cassação do prefeito eleito, Álvaro Urt (PSDB). O foco da campanha se concentra em apresentar propostas e, simultaneamente, motivar a população a comparecer às urnas.
Flávio Paiva (DC), ao votar na Escola Estadual Ernesto Solon Borges, expressou sua motivação para a candidatura diante do descontentamento popular. Ele ressaltou a receptividade à sua campanha, mesmo com o curto período de um mês, que permitiu visitas tanto à zona rural quanto à urbana. A prioridade, segundo Paiva, é a urgente reforma do hospital local, que se arrasta há cinco anos.
Celso Abranches (PSD), que votou na Escola Municipal Leontina Luciana da Silva, demonstrou confiança apesar do descontentamento generalizado. Segundo colocado na eleição de outubro de 2024, Abranches aposta na “sede de mudança” da população. Ele também aponta a saúde como setor crítico, necessitando de gestão técnica para solucionar os problemas. Sua campanha, baseada em projetos previamente apresentados e bem recebidos, facilitou o contato com os eleitores.
Tatiane Miyasato (MDB), que votou na mesma escola que Abranches, vislumbra na eleição suplementar um momento de estabilidade política para Bandeirantes. Ela acredita na conscientização da população e no comparecimento às urnas. A candidata, liderando uma chapa exclusivamente feminina, almeja ser a primeira prefeita da cidade. A saúde também figura como prioridade para Miyasato, com foco na oferta de serviços de qualidade, especialistas e exames acessíveis no município.
O Hospital Municipal João Carneiro de Mendonça, com estrutura física finalizada em março de 2025, ainda carece de equipamentos e equipe, representando um dos principais desafios a serem enfrentados pela próxima gestão municipal.