Compartilhar a cama com animais de estimação é uma prática crescente, impulsionada pela forte ligação entre tutores e seus pets. Essa proximidade, segundo um veterinário, pode trazer benefícios, fortalecendo o elo emocional e até auxiliando na recuperação de doenças. O conforto e o apoio psicológico proporcionados são apontados como vantagens significativas.
Contudo, essa intimidade exige atenção redobrada com a saúde do animal. O principal risco reside na transmissão de zoonoses, doenças que podem passar dos animais para os humanos. Verminoses, ectoparasitas como pulgas e carrapatos, e infecções fúngicas de pele são as preocupações mais comuns. A vermifugação regular do pet é essencial, assim como o controle de parasitas externos.
Além da saúde do animal, a higiene do ambiente e os hábitos do pet merecem atenção. O veterinário alerta para o risco de contaminação através do contato com a saliva do animal, especialmente após lamber áreas íntimas.
Para quem opta por dividir a cama, algumas medidas de higiene devem se tornar rotina. Escovação regular dos pelos, corte de unhas para evitar arranhões e banhos na frequência adequada para cada espécie e tipo de pelagem são indispensáveis. Cães geralmente necessitam de banhos semanais ou quinzenais, enquanto gatos, embora não precisem de banho, devem ser escovados com frequência.
A higiene da roupa de cama também é crucial. Lençóis, cobertores e travesseiros devem ser lavados regularmente. Atenção especial deve ser dada ao peso das cobertas, evitando modelos muito pesados que possam causar sufocamento em animais pequenos.
A prevenção de acidentes domésticos é outro ponto importante. Animais de estimação, assim como bebês, podem cair da cama e sofrer lesões. O uso de rampas ou a proteção do espaço ao redor da cama são recomendados, especialmente para animais idosos.
A escolha entre cães e gatos para compartilhar a cama é individual e depende do temperamento e raça de cada animal. Tanto cães quanto gatos podem ser tranquilos ou agitados, e a orientação de um veterinário é fundamental para determinar o que é mais adequado para cada caso.
A mensagem final é clara: dormir com o pet não é inerentemente prejudicial, mas exige responsabilidade. A rotina de cuidados com a saúde e a higiene do animal é essencial para garantir a segurança e o bem-estar de todos. Com atenção e carinho, é possível desfrutar da companhia do seu pet na cama sem comprometer a saúde.