O governo brasileiro se posiciona contra a imposição de sanções econômicas em relações comerciais com outros países. A afirmação foi feita neste sábado (2) por Celso Amorim, assessor-chefe da assessoria especial do presidente da República.
A declaração surge em meio à pressão dos Estados Unidos para que Brasil e Índia interrompam a importação de petróleo russo. Questionado sobre a postura do país em relação ao tema, Amorim enfatizou que o Brasil é contrário a sanções econômicas “em qualquer caso, salvo quando autorizado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU)”.
Parlamentares americanos que se reuniram recentemente com congressistas brasileiros solicitaram a redução ou o fim da compra de petróleo russo pelo Brasil como condição para negociar a redução de tarifas de 50%.
O governo dos EUA, sob a administração de Donald Trump, tem adotado uma estratégia de isolamento comercial da Rússia, intensificada em decorrência da guerra na Ucrânia. Trump chegou a mencionar que a Índia compra a maior parte de seus equipamentos militares e energia da Rússia, o que considerou “não ser bom”, minimizando, no entanto, o volume de negócios dos Estados Unidos com ambos os países.
A Índia, por sua vez, planeja continuar importando petróleo russo, mesmo diante de possíveis retaliações econômicas por parte dos Estados Unidos. O país asiático já foi alvo de tarifas americanas de 25% e enfrenta ameaças de penalidades adicionais não especificadas.