O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu aos discursos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que defenderam o ministro Alexandre de Moraes, após sanções do governo dos Estados Unidos via Lei Magnitsky. Em entrevista, o parlamentar afirmou que os discursos dos ministros “aumentaram sua moral” e que se sentiu “muito homenageado” durante a sessão.
Os ministros se manifestaram em defesa de Moraes durante a retomada dos trabalhos do Judiciário no semestre. Eduardo Bolsonaro questionou a possibilidade de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ser preso e indagou sobre o que o STF pretende fazer. “Vocês vão jogar meu pai em um calabouço imundo torcendo pela morte dele? Ou talvez até encomendando a morte dele?”, declarou. “Eu não sou um moleque que está ameaçando”, completou.
Embora não tenha citado nomes, Moraes se referiu a “pseudopatriotas” que atuam contra o Brasil. Ele classificou como “covarde e traiçoeira” a “organização miliciana” que busca impor sanções ao país e a autoridades brasileiras para obstruir a justiça no julgamento de Bolsonaro.
O ministro Gilmar Mendes afirmou que a Corte “não se dobra a intimidações” e considerou a atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA um “ato covarde” e “lesa-pátria”, alertando para uma “resposta à altura do Estado brasileiro”. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, fez um discurso de apoio a Moraes e defendeu as decisões tomadas pelo ministro, relator da ação penal do golpe que pode levar Bolsonaro à condenação por atentado à democracia. Barroso enviou uma mensagem ao governo dos EUA, afirmando que “todos os réus serão julgados com base nas provas produzidas, sem qualquer interferência, venha de onde vier”.