Brics no Rio: Tarifa, Guerra, IA e Clima Dominam Cúpula de Líderes

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A cúpula do Brics, que se inicia neste domingo no Rio de Janeiro, deverá abordar temas críticos como o aumento de tarifas unilaterais, tensões geopolíticas, o avanço da inteligência artificial e as mudanças climáticas. Um projeto de texto, acordado por negociadores, indica que o grupo expressará “sérias preocupações” com o aumento de medidas tarifárias e não tarifárias unilaterais que distorcem o comércio e são inconsistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O documento não faz menção direta a figuras políticas específicas, mas a discussão surge em um contexto global de tensões comerciais, com líderes de nações emergentes defendendo o regime multilateral de comércio e a reforma da arquitetura financeira internacional. Os ministros das Finanças dos países-membros já manifestaram preocupação com as tensões tarifárias em uma declaração conjunta.

Os negociadores também chegaram a um consenso sobre a escalada de conflitos no Oriente Médio, um tema que gerava divisões. Espera-se que a declaração final dos líderes mantenha o mesmo tom da mensagem divulgada no mês passado, manifestando “profunda preocupação” com os bombardeios na região. A expectativa é que o tom geral da cúpula seja cauteloso em relação a certos países, como os Estados Unidos.

Além do texto final sobre comércio e geopolítica, o Brics emitirá outras declarações sobre mudanças climáticas, governança da inteligência artificial e cooperação sanitária.

Para garantir a segurança do evento, as Forças Armadas mobilizaram mais de 20 mil agentes e utilizarão caças com mísseis para controlar o espaço aéreo, em uma medida de segurança que não era adotada desde os Jogos Olímpicos do Rio-2016. O grupo foi fundado em 2009 para fortalecer o chamado Sul Global e, nos últimos anos, expandiu sua lista de membros para incluir Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia e Irã.

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