Justiça mantém prisão de caseiro que matou patrão após discussão em MS

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Habeas corpus apresentado pela defesa de Angelo Gabriel Pereira França foi negado

Caseiro suspeito de matar patrão é escoltado até delegacia. (Foto: Arquivo/Ligado na Notícia)

A Justiça de Mato Grosso do Sul manteve, na segunda-feira (30), a prisão preventiva de Ângelo Gabriel Pereira França, 55 de idade, acusado de matar o ex-patrão, Vilson José Tondato, aos 65 anos, no dia 28 de abril, no Sítio Jardim do Éden, em Deodápolis, distante 265 km da Capital. À época dos fatos, Angelo era caseiro de uma fazenda de Vilson.

Caseiro acusado de matar ex-patrão em MS continua preso. Ângelo Gabriel Pereira França, 55, teve seu pedido de liberdade negado pela Justiça. Ele é acusado de assassinar Vilson José Tondato, 65, em abril, após uma discussão. A defesa alegou legítima defesa, mas o Tribunal de Justiça considerou que há provas que contradizem essa versão. O crime ocorreu em Deodápolis, após uma tarde de bebedeira e desentendimentos. Ângelo, então caseiro da vítima, relatou que Vilson o ameaçou e apontou uma espingarda. Na luta, o caseiro atingiu o patrão com uma faca e um tiro. A Justiça destacou a gravidade do crime e a necessidade de manter a ordem pública, justificando a prisão preventiva.

Conforme a peça a qual a reportagem teve acesso, os desembargadores negaram, por unanimidade, o pedido de liberdade apresentado pela defesa. O relator Jairo Roberto de Quadros afirmou que a alegação de legítima defesa “precisa ser analisada com provas” e que o habeas corpus “não permite esse tipo de avaliação aprofundada”.

Além disso, o tribunal considerou que existem elementos que apontam o contrário do que foi relatado pelo acusado. “A decisão destacou a gravidade concreta do crime e a necessidade de manter a prisão para proteger a ordem pública e evitar novos delitos”, destaca o trecho da decisão.

O magistrado afirmou que a prisão preventiva “não se baseia apenas na condenação anterior do acusado, mas em todo o conjunto das circunstâncias do caso”. Ele explicou que as condições pessoais favoráveis não justificam a liberdade diante da periculosidade demonstrada.

Entenda o caso – O crime ocorreu depois que Ângelo e Vilson passaram a tarde bebendo em um bar e discutiram no mercado, onde o patrão se recusou a comprar mistura e fumo para o funcionário. Ao voltar ao sítio, Vilson supostamente mandou Ângelo ir embora, ameaçando matá-lo caso ficasse.

No dia seguinte, Vilson encontrou o caseiro perto de uma porteira e apontou a espingarda para ele. Ângelo disse que segurou o cano da arma, golpeou o patrão com a faca que carregava na cintura e depois disparou um único tiro, matando-o no local.

Após o crime, o caseiro contou o ocorrido à esposa do patrão, cobriu o corpo com uma lona e fugiu para o mato. A polícia localizou Ângelo escondido em um galinheiro na mesma propriedade na noite do crime.

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