A comoção marcou a presença de Sandra Gadelha, mãe de Preta Gil, no velório da cantora, reacendendo a memória de sua importância na vida de Gilberto Gil e na história da música brasileira. Aos 77 anos, Sandra esteve ao lado do ex-marido no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, durante a cerimônia de despedida de Preta Gil, falecida aos 50 anos. Ela chegou acompanhada por Gilberto Gil e sua esposa, Flora Gil, permanecendo próxima a ambos durante todo o evento. No cortejo até o crematório, Sandra recebeu o apoio de familiares e amigos, visivelmente abalada pela perda.
Sandra Gadelha foi casada com Gilberto Gil entre 1969 e 1980. Dessa união nasceram três filhos: Pedro Gil, falecido em um acidente de carro aos 20 anos, Preta Gil e Maria Gil, que atualmente trabalha com o pai na produção de seus shows.
O apelido “Drão”, carinhosamente atribuído a Sandra, foi criado por Maria Bethânia e eternizado na canção homônima composta por Gil em 1982, após o término do casamento. A música se tornou um dos grandes sucessos da carreira do cantor. Gilberto Gil descreveu a composição como uma reflexão sobre o amor, o desamor e o fim de um casamento, dedicada exclusivamente a Sandra.
Além de sua ligação com Gilberto Gil, Sandra tem um papel indireto na história da música brasileira. Ela é irmã de Dedé Gadelha, a primeira esposa de Caetano Veloso, com quem conviveu durante o exílio dos artistas na Inglaterra, no final dos anos 1960 e início dos 1970. Foi nesse período que nasceu Pedro, o primeiro filho de Caetano e Dedé.
A família retornou ao Brasil em 1972, e nos anos seguintes nasceram Preta e Maria. Ao longo dos anos, Sandra manteve uma postura discreta, priorizando a privacidade em vez do protagonismo, mesmo diante da projeção pública de sua família. A última apresentação pública de Preta Gil ocorreu ao lado de Gilberto Gil, onde interpretou a canção dedicada à mãe, emocionando o público e o próprio Gilberto. A cremação de Preta Gil ocorreu no Cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro, atendendo a um pedido da artista.